terça-feira, 27 de julho de 2010

Mãe do Hyuk aqui.

Vou contar um pouquinho da história de como o Hyuk se tornou meu filho, pois também fui enganada por um “criador”.
Desde pequena sempre fui apaixonada por animais, dessas loucas mesmo, que toca no animal mais sarnento que tem na rua por achar que “eles merecem ao menos uma dose de carinho diante de tanto sofrimento”. Sempre ajudo como posso, dou água, comida e tento arranjar lares para quase todos que vejo. Mas minha mãe sempre foi muito apegada a bichos e quando a sua cadelinha morreu na adolescência dela, ela resolveu não ter mais nenhum bicho, pois se apegava demais e depois eles morriam e ela sofria muito.
Eu sofri durante muitos anos, pois era louca para ter um animalzinho de estimação. Meus animais favoritos sempre foram cachorros e cavalos, cheguei a fazer equitação por muito tempo e adorava, era mega gentil com eles, dava banho, soltava no pasto, escovava e todo tipo de cuidado que um animal desse requer. Quando a grana apertou precisei parar com as aulas então minha vida ficou vazia, entrei em depressão, pois aquilo era uma paz sem explicação para mim. Desde bem miúda, pedia a minha mãe que me desse um cachorrinho, mas ela endurecia seu coração e me negava. Até que aos meus 15 anos cheguei ao auge da minha depressão e já não estava aguentando mais. Consegui conversar com minha mãe e ela aceitou depois de muito reclamar, depois de anos tentando. Mas ela me impôs apenas uma condição: “porte pequeno”.
Comecei a buscar em tudo quanto foi site que eu julgava confiável, mas eu era muito bobinha, ingênua. Por fim busquei no site OLX e achei um anúncio, que até hoje se encontra no ar. http://cidaderiodejaneiro.olx.com.br/yorkshrire-machos-fofinhos-iid-88605517
Foi nesse site que os meus olhos brilharam, pois era o mais barato que já havia achado e era o meu namorado que pagaria, mas nós não tínhamos nem condição de comprá-lo. No dia seguinte apertamos aqui e ali e conseguimos o dinheiro para tal compra, ligamos para a mulher. Ela ficava em Itaipuaçu, eu moro em Maricá, portanto 1h de viagem. Minha mãe até hoje pensa que o cãozinho foi de graça, mal ela sabe que foram R$300,00 na compra desse meu amor. Marcamos de ir pegá-lo no final de semana e fomos. Chegando lá encontramos uma senhora simpática nos recebendo com 4 Yorkshires. Um macho adulto, a mãe do filhote, a irmã de outra ninhada e o que seria o meu filhote. Ela me explicou que o meu atual Hyuk seria filho da fêmea adulta chamada de Bia. A Bia era linda e saudável, muito meiga e carinhosa, um doce. Perguntei quem era o pai já que o Kin (macho) era castrado. Ela disse que era filho do cão de uma amiga dela e desconversou. Não me liguei na hora, paguei o dinheiro, peguei os dados dele sobre vermífugo, ração e etc e fui embora. Um mês depois reparei que o cão não parava de crescer e com 4 meses estava com 4,200 kg o que estranhei por não ser o peso normal de um Yorkshire.
Mas tudo bem, ignorei isso, pois tinha lido a respeito do peso normal de um Yorkie antigamente e estava dentro do padrão antiga e fiquei tranquila. Mas reparei que o pelo da cocha não crescia como o resto do pelo do corpinho dele, estava mais curtinho e aramado. Foi aí que pensei: ele não é Yorkie!
Hoje, levei ele a sua segunda consulta no Veterinário e arrisquei perguntar o que eu já desconfiava há muito tempo, recebi a resposta que eu tanto receava receber.
O Hyuk não é um Yorkie puro, é uma mistura de Yorkie e provalvemente Schnauzer.
Não vou em hipótese alguma largar ele ou deixar de amá-lo por ele não ser puro, ele me trouxe a alegria de viver. Mas estou muito chateada com o fato de ter pagado por algo que eu não recebi.
Fiquem alertos pessoal!
Beijinhos e lambidas.

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